No dia 24 de julho é comemorado o Dia do Suinocultor. A data foi criada para reforçar a importância da profissão, que diariamente fortalece a economia brasileira. Para homenagear os suinocultores por trás da Alegra, realizamos entrevistas com alguns profissionais que fazem parte da nossa história. Olha só:
Há quanto tempo é suinocultor e como começou?
Débora Noordegraaf: 12 anos, iniciei na suinocultura pensando em agregar mais uma atividade em minha propriedade. Meu marido teve a ideia e juntos formamos uma parceria.
Luan Pot: Iniciei as minhas atividades em 2012 com o incentivo do meu pai Jan H Pot.
Sara Jacobi: Comecei em novembro de 2016, por sucessão familiar. Na época meu pai estava reformando e ampliando os barracões. Assim aceitei o desafio de trabalhar nessa área.
Armando Rabbers: Em 1989 comecei a gerenciar a propriedade da família, com 180 matrizes. Em 2012 inovei para outra fase de produção, adquirindo os leitões da Cooperativa Castrolanda. Hoje tenho capacidade de alojar lote de 2.702 animais em duas propriedades, fazendo isso três vezes ao ano.
Elsbeth Verburg: Sou médica veterinária formada na PUCPR e tenho mestrado em produção e sanidade de suínos. A ideia era trabalhar no ramo da suinocultura pelo resto da minha vida, trabalhei como médica veterinária por um ano no Grupo Cabo Verde, em Passos – MG. Em 2013, saí de Passos e vim trabalhar com meu pai em Arapoti, na propriedade Luctor Et Emergo II, onde aprendi a trabalhar na agropecuária, produzindo leite. Mas a vontade de produzir carne suína falou mais alto, então iniciei com a reforma de um barracão antigo de suínos e dei início a uma produção de suínos em 2015.
Pablo Borg: Há 11 anos. Em 2009 iniciamos com o arrendamento de uma propriedade que já tinha uma granja de ciclo completo. Em 2015 transformamos a granja para o sistema de terminação.
Quais os desafios da profissão?
Débora Noordegraaf: Competir no mercado oferecendo o máximo de bem-estar animal e, assim, obter os melhores resultados na propriedade, entregando um suíno de alta qualidade.
Luan Pot: Desde o início, estou sempre buscando aprimorar meus conhecimentos sobre suínos, pois acredito que o grande desafio é estar sempre atualizado e antenado em tudo que acontece, para assim conseguir produzir um alimento de qualidade.
Sara Jacobi: A profissão é bastante desafiadora, mas felizmente trabalho em um ambiente familiar com um sistema completo, em que cada um fica responsável por uma etapa da produção. Então, estamos sempre nos ajudando. Os padrões sanitários e ambientais são bem exigentes, por isso estamos sempre atualizados e buscando cumprir as regulamentações.
Armando Rabbers: Hoje, como a cadeia de suínos depende da exportação, precisamos ter um controle sanitário muito bem elaborado para a pecuária. O Brasil tem potencial para crescimento da produção de proteína animal se esse controle for bem conduzido.
Elsbeth Verburg: Meu maior desafio é produzir carne de maneira eficiente, sempre levando em conta o custo de produção do lote, garantir bons índices zootécnicos e sanidade do lote, para aumentar a margem de lucro.
Pablo Borg: Adequações ambientais, riscos sanitários e adequações para um mercado (consumidor) cada vez mais exigente.
Qual é a importância da atenção ao bem-estar animal também na rotina?
Débora Noordegraaf: É muito importante garantir a sanidade dos animais, evitando estresse e oferecendo sempre o conforto necessário. Dessa forma, conseguimos melhores resultados e desempenho, evitando perdas.
Luan Pot: É fundamental sempre tentar melhorar a qualidade de vida dos animais, controlando temperatura, ambiente e compreender as necessidades dos animais, para que o bem-estar seja a chave do sucesso, garantindo uma produção cada vez mais responsável e de qualidade.
Sara Jacobi: Observar o comportamento dos animais como estresse, tosse e climatização são alguns exemplos do que deve ser acompanhado diariamente na granja, para proporcionar mais conforto aos animais. Assim, garantimos um produto saudável e seguro no mercado.
Armando Rabbers: Todo investimento que o produtor realizar no bem-estar animal tenho certeza que os resultados econômicos e técnicos serão melhores. Investimentos na climatização, bebedouros e cochos para alimentação são essenciais.
Elsbeth Verburg: Bem-estar animal é um assunto muito discutido no momento, minha meta como produtora de suínos e leite é proporcionar o máximo de bem-estar animal. Um desafio grande, mas não impossível. O bem-estar animal garante qualidade de carne a ser produzida para o consumidor final, que a cada dia está mais exigente com relação a origem e a forma que os animais são criados.
Pablo Borg: Bem-estar e respeito com os animais são prioridades. Precisamos entender que são seres vivos, que têm necessidades fisiológicas e podem sentir frio, calor, fome, desconforto, estresse, etc. Além disso, o desempenho zootécnico está diretamente relacionado com o conforto que é oferecido aos animais.
Qual conselho daria para quem deseja entrar nesse ramo?
Débora Noordegraaf: Muita dedicação, fazer um bom planejamento de custos e ter uma boa assistência técnica, ter um ambiente adequado prezando, sempre pelo bem estar do suíno.
Luan Pot: A suinocultura é uma atividade que hoje está em expansão. O momento para quem deseja entrar nesse ramo é agora! Então acredite e confie no futuro. Também considero importante incentivar novas gerações. Meu filho, por exemplo, adora ir comigo na granja, meu desejo é que ele também se torne um suinocultor.
Sara Jacobi: Gostar realmente de trabalhar com suínos, pois o resultado pode demorar. Mas com persistência, ouvindo a equipe técnica e acompanhando de perto, torna-se uma atividade prazerosa.
Armando Rabbers: Visitar vários projetos que estão em funcionamento, trocar ideias com a assistência técnica e produtores e ter um planejamento de crescimento.
Elsbeth Verburg: Para entrar nesse ramo, eu diria antes de mais nada que deve ter amor pelos animais e pela atividade. Ter um bom corpo técnico para dar suporte e ter noção básica de como conduzir uma produção de suínos. E ter a garantia de escoamento de sua produção.
Pablo Borg: Planejamento, estudar todos os recursos necessários para iniciar a atividade, analisar os resultados econômicos que pode trazer para a propriedade e a interação com outra exploração existente como a agricultura. E, a longo prazo, projetar cenários de resultado e crescimento. É uma atividade que tem muita sinergia com a agricultura, pois pode contribuir oferecendo o dejeto para fertilização orgânica, e também agregar valor no milho produzido na própria fazenda, transformando-o em carne. Também há a possibilidade da utilização do biogás, que pode ser utilizada na secagem de grãos, geração de energia elétrica ou combustível. É uma integração bem interessante, que fecha um ciclo onde duas atividades se complementam.
Quais são suas expectativas para o futuro?
Débora Noordegraaf: Sucesso! Espero que os nossos produtos tenham cada vez mais entrada no mercado interno e externo. Mantendo sempre a excelência na qualidade, fazendo da nossa marca referência no setor e no comércio.
Luan Pot: A suinocultura é uma atividade que hoje está em expansão. O momento para quem deseja entrar nesse ramo é agora. Então acredite e confie no futuro. Também considero importante incentivar as novas gerações. Meu filho, por exemplo, adora ir comigo na granja, meu desejo é que ele também se torne um suinocultor.
Sara Jacobi: Que a produção aumente em quantidade, qualidade e em lucratividade.
Armando Rabbers: São boas, estamos alcançando resultado positivos na indústria, o mercado externo está com bons preços e isso vai continuar por mais um período. Confio muito no potencial em crescimento que temos no Brasil no consumo interno.
Elsbeth Verburg: Eu vejo que o Brasil tem um futuro promissor como produtor de proteína animal para o mundo. Precisamos ser sérios e competitivos para conquistar cada vez mais o mercado externo, mas também estimular mais o consumo de carne suína no mercado nacional.
Pablo Borg: Esperamos que a cadeia se fortaleça cada vez mais e que tenhamos um futuro próspero pela frente. Acreditamos no modelo onde estamos atuando em toda a cadeia produtiva, para que possamos produzir de maneira eficiente e sustentável o fornecimento de alimento de qualidade para o mercado.
Como definiria a suinocultura em uma palavra?
Débora Noordegraaf: Dedicação.
Luan Pot: Dedicação.
Sara Jacobi: Superação.
Armando Rabbers: Inovação.
Elsbeth Verburg: Defino a suinocultura em três palavras: dedicação, compromisso e amor.
Pablo Borg: Intensificar.
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